domingo, 29 de maio de 2011

Desenvolvimento motor - Estudo de Myrtle Mcgraw

Myrtle Macgraw acredita que existem certos períodos na vida óptimos para o processo de desenvolvimento, ou seja, existem períodos críticos em que uma dada actividade é mais susceptível à modificação do indivíduo.
Realizou assim um estudo com gémeos do mesmo sexo com aparência similar, antropometria idêntica (estatura, tamanho dos pés e mãos), o mesmo tipo sanguíneo e impressões digitais similares. As condições de vida dos dois bebés eram idênticas. Os dois bebés diferiam em aspectos físicos: o bebé experimental tinha mais tónus muscular, era menos desenvolvido que o de controlo e era menos forte.
O tratamento experimental começou aos 20 dias. Os bebés vão à clínica cinco dias por semana, sete horas por dia. Nos primeiros meses o bebé experimental recebe duas horas de exercício diário, enquanto o bebé de controlo passa o tempo no berço, com apenas dois bonecos. O programa torna-se mais intenso à medida que o tempo passa.
A experiência demonstrou que o facto de o bebé experimental praticar exercício diário não resultou no aparecimento precoce de comportamentos motores como rastejar, gatinhar e andar. No entanto, o bebé experimental adquiriu um melhor padrão (de marcha) e é bastante mais evoluído que o bebé de controlo, na actividade de subir escadas.
Myrtle Macgraw concluiu com o estudo que há limites para o aparecimento de comportamentos motores e que depende, não só da maturação, mas também da influência social; concluiu que existem pré-requisitos neuromusculares para a produção de competências e que dentro dos limites maturacionais, um ambiente adequado pode promover o uso mais eficiente de capacidades e a exibição de competências avançadas – é disto exemplo o facto de o bebé experimental subir bastante mais escadas que o bebé de controlo.

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